Áurea Martins: a invisibilidade visível

2017

Na biografia Áurea Martins: a invisibilidade visível é analisada a construção original de uma carreira onde se fundem, numa só profissional, a crooner, a cantora da noite e a cantora. 
      A invisibilidade visível de Áurea Martins foi o elemento que norteou Lúcia Neves no seu propósito de desvendar os meandros da trajetória da cantora. Ela mescla a história pessoal de Áurea com as profundas mudanças na sociedade brasileira contemporânea e, daí, na maneira de fazer música no país. Além disso, a autora chama a atenção para aspectos do dia a dia da cantora que contribuem para uma melhor decifração de sua “invisibilidade visível”: a sua inter-relação pedagógica com os mais jovens; a atualização constante da sua própria produção artística, assim como da sua maneira de cantar; a simplicidade do seu cotidiano; sua militância diária contra discriminações sociais e culturais e a ousadia de, transformando-se em outra, tornar-se uma atriz premiada, sem perder o essencial de sua identidade.
      Prefaciam o livro Alfredo Melo (Alfredinho do Bip Bip) e Zeca Ferreira. Alfredinho, fã ardoroso de Áurea e baluarte na defesa da cultura musical carioca, nasceu e viveu muito tempo na zona oeste do Rio, chegando a morar na mesma rua de Áurea em Campo Grande. Zeca Ferreira, também fã da mulher e cantora Áurea Martins, foi o primeiro, entre os jovens cineastas, a divisar em Áurea seu potencial como atriz. 
      A bela capa, presenteada pelo arquiteto, cenógrafo e designer Gringo Cardia, é fruto da grande admiração do artista pelo trabalho da biografada.